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Roteiro de 7 Dias Pelo México com Bebê: CDMX, Teotihuacan e Tolantongo

Viajamos por 7 dias pelo México, explorando a vibrante Cidade do México, as impressionantes ruínas de Teotihuacan e as incríveis Grutas de Tolantongo. Essa foi a primeira viagem internacional do nosso bebê de 6 meses, Dan ✈️👶

Se você está planejando uma viagem para o México e quer explorar além dos destinos mais óbvios como Cancún e Riviera Maia, esse roteiro vai te ajudar.

Tivemos o privilégio de explorar grande parte do caminho com minha amiga mexicana, Lucy, e sua prima , o que trouxe um toque especial da perspectiva local.

E se você tiver alguns dias a mais, deixo sugestões de roteiros de 8, 9 e 10 dias partindo da Cidade do México para expandir sua viagem.

Melhor Época para Ir

O México pode ser visitado o ano todo, mas cada estação traz uma experiência diferente:

  • Dezembro a Abril: Temporada seca, ideal para explorar a cidade e sítios arqueológicos com clima mais ameno.

  • Maio a Setembro: Temporada de chuvas, com dias mais quentes e maior possibilidade de tempestades tropicais, especialmente em regiões de praia.

  • Outubro e Novembro: Transição entre as estações, ótimo para evitar multidões e ainda aproveitar boas temperaturas.

Nós fomos no mês de janeiro para fevereiro e foi uma ótima escolha para os lugares que visitamos. Para Teotihuacan e Tolantongo, recomendamos evitar os meses mais quentes, pois o sol pode ser intenso. O inverno tem temperaturas mais amenas durante o dia, mas faz frio à noite, especialmente em Tolantongo.

Documentação Necessária

Embaixada do México em Brasília
Embaixada do México em Brasília

Brasileiros precisam de visto, além do passaporte, para entrar no país e deve ser tirado com antecedência. Para cumprir as atuais exigências para viajar ao México, inevitavelmente você terá que tirar um visto – seja o mexicano, o canadense ou, como a melhor alternativa, o visto americano. O visto também é necessário para bebês e tem validade de 1 ano, confira nesse post todas as etapas para tirar o seu visto para o México.

  • Comprovante de vacinação: Não há exigência de vacinas obrigatórias para entrar no México, mas é sempre bom verificar recomendações médicas, especialmente para bebês.

Confira todos os detalhes nesse em breve post. 

Como se Locomover

Nos dias em que a Lucy não pôde estar com a gente, utilizamos Uber, pela praticidade com o bebê. Além disso, ao comparar com metrô nos lugares que utilizamos, seria o meio mais rápido. No entanto,  o metrô é uma excelente opção e tem um ampla cobertura e a depender do trecho e horário pode ser mais rápido, em função do trânsito de CDMX.  Para Teotihuacan e Tolantongo, o carro é a melhor opção. 

Onde se Hospedar

Escolher onde se hospedar na Cidade do México faz toda a diferença na experiência da viagem. A cidade é enorme e cada bairro tem um estilo próprio, desde áreas mais boêmias e descoladas até regiões tradicionais e comerciais. No momento de fazer as reservas ja entrei em contato com Lucy, que me passou as indicações e características de cada bairro. Durante nossa viagem, ficamos na Colonia Roma, um bairro cheio de personalidade e ótima localização. Mas há outras excelentes opções, dependendo do seu perfil de viajante. Confira abaixo os principais bairros para se hospedar na CDMX e o que esperar de cada um.

1. Colonia Roma – Atmosfera boêmia e gastronômica (Onde nos hospedamos!)

Se você gosta de cafés charmosos, ruas arborizadas e um ambiente descolado, a Colonia Roma é uma excelente escolha. É um dos bairros mais vibrantes da cidade, com muitos restaurantes, bares e lojas alternativas. Aqui você encontra opções para todos os gostos, desde tacos de rua incríveis até restaurantes renomados. Possui fácil acesso ao metrô e a outras regiões da cidade.

Nós ficamos no Hotel Block Suits, por ter a opção de loft com cozinha para podermos preparar as refeições do Dan, que estava em plena introdução alimentar. O hotel também possui café da manhã.

2. Condesa – Verde, sofisticada e descolada

A gente curtiu muito Colonia Roma, mas depois que conhecemos Condesa, foi amor à primeira vista! Sem dúvida, virou nosso bairro favorito na Cidade do México. Apesar de Colada na Colonia Roma, a Condesa tem uma vibe parecida, mas com um toque mais sofisticado e residencial, portanto um pouco mais caro. O bairro é conhecido pelos parques Parque México e Parque España, ideais para passeios a pé. 

Uma boa opção de loft com cozinha é o Nomadier Experience Mexico City Condesa, além de ótima localização.

3. Colonia Juárez – Moderna e bem localizada

A Colonia Juárez vem se tornando um dos bairros mais interessantes para se hospedar. Fica ao lado do Paseo de la Reforma, uma das principais avenidas da cidade, o que facilita o deslocamento para diversos pontos turísticos. Além disso, abriga a Zona Rosa, conhecida pela vida noturna LGBTQIA+ e por seus bares animados.

Um ótimo custo-benefício de hospedagem é o Suites Capri Reforma Angel 380, com lindas vistas da cidade.

🚗 Ponto de atenção: Algumas áreas próximas da Zona Rosa podem ser barulhentas à noite.

4. Colonia Escandón – Alternativa mais tranquila e acessível

Se você quer ficar perto da Roma e da Condesa, mas com preços um pouco mais acessíveis, a Colonia Escandón pode ser uma ótima escolha. O bairro ainda não é tão turístico, mas tem uma boa oferta de restaurantes, mercados e hospedagens com ótimo custo-benefício.

Em colônia Escandón, você terá uma ótima experiência de hospedem em Hotel Bonn.

5. Colonia Del Valle – Residencial e segura

Se a ideia é se hospedar em um bairro mais residencial e longe do agito, a Colonia Del Valle é uma excelente opção. Com ruas largas, praças e um ambiente seguro, é um bairro ideal para famílias. Apesar de ser mais afastado das atrações turísticas, conta com ótima infraestrutura e transportes acessíveis. 

Uma opção de hospedagem bem moderna e com decoração descolada é Estancias VIVE MX wtc.

🚗 Ponto de atenção: O deslocamento para as principais atrações pode demorar um pouco mais.

6. Centro Histórico – Ótima localização e imersão cultural

Para quem quer ficar no coração da Cidade do México e perto de pontos turísticos como o Zócalo, o Palácio de Belas Artes e a Catedral Metropolitana, o Centro Histórico pode ser uma boa escolha. Além de ser uma das áreas mais culturais da cidade, há diversas opções de hotéis com preços mais acessíveis.

Para quem gosta de espaços inteiros El Mirador Centro Histórico é uma ótima opção ou para quem gosta de opções mais gourmet, Loft de Lujo/Mirador Alameda Central.

🚗 Ponto de atenção: A região pode ser mais caótica e movimentada, especialmente durante o dia. Algumas ruas ficam desertas à noite, então é bom tomar precauções extras com segurança.

Como Levar Dinheiro para o México: Dicas para Evitar Taxas Altas e Economizar

Ao planejar sua viagem para o México, uma das principais dúvidas é: qual a melhor forma de levar dinheiro? A resposta depende do seu estilo de viagem e da sua estratégia para evitar taxas desnecessárias. 

A moeda oficial do México é o Peso Mexicano (MXN). Embora alguns lugares turísticos aceitem dólares, a conversão raramente é vantajosa. Além disso, muitos estabelecimentos locais só aceitam pesos.

Em minhas viagens internacionais sempre levava tudo em dinheiro em espécie para poder economizar no IOF. No entanto, essa não é uma maneira muito prática. Para a viagem do México decidi pesquisar outras formas e a que me chamou mais atenção foi o cartão de débito internacional da Nomad. Decidi então baixar o aplicativo e testar. O cadastro é super simples e fácil de fazer e em poucas horas você já tem acesso ao cartão digital. Como decidi testar uma semana antes da viagem, não daria tempo de chegar o cartão virtual.

1. Cartões de Crédito: Úteis, mas com Taxas Altas

Os cartões de crédito internacionais funcionam bem no México e são aceitos na maioria dos estabelecimentos, mas as taxas podem ser altas. Eu sempre leve, mas como opção de emergência.

🚨 Pontos de atenção:

  • IOF de 5,38% sobre cada transação internacional
  • Taxas de conversão podem ser desfavoráveis
  • Algumas maquininhas pedem um PIN para concluir a transação (confira com seu banco antes da viagem)
  • Verifique com seu banco se é necessário habilitar antes a função viagem internacional ou informar o país de destino. Já passei perrengue no Chile, por não saber disso e ter acabado meu dinheiro em espécie.

Dica: Caso precise usar o cartão de crédito, prefira um que ofereça cashback ou milhas para compensar as taxas.

2. Dinheiro em Espécie: Vale a Pena?

Sempre é bom levar uma quantia em espécie para emergências, principalmente para pequenas compras, gorjetas e estabelecimentos que não aceitam cartão. 

💡 Dicas para levar dinheiro em espécie:

  • Leve dinheiro em dólar para trocar lá, a conversão de reais para pesos mexicanos aqui no Brasil ou no México não vale a pena. 
  • No México, troque dólares por pesos em casas de câmbio confiáveis no centro da cidade ou nos aeroportos.

3. Cartão de Débito Internacional, conta Global da Nomad (Nossa Escolha!)

Os cartões de crédito de contas globais são a melhor opção para quem viaja para o exterior e faz compras em sites estrangeiros. Durante nossa viagem, utilizamos o cartão de débito da Nomad, que oferece uma excelente conversão do real para o dólar, sem taxas abusivas e com IOF reduzido (1,1% em vez de 3,38%). Como o peso mexicano tem uma cotação atrelada ao dólar, essa foi uma das melhores formas de pagamento que encontramos.

Como decidi abrir a conta apenas na semana anterior da viagem e não daria tempo de chegar o cartão físico, utilizei o cartão virtual mesmo, o físico não me fez nenhuma falta. Achei super prático. Além disso, ao abrir a conta, ganhei 1giga de internet pelo eSim da Nomad, super fácil de ativar. Até então, nunca havia usado esse tipo de tecnologia (rsrs), nas outras viagens eu sempre comprava um chip físico local e adicionava crédito (como os astecas faziam, hehehe). E não para por aí, fiquei empolgada em desbloquear os demais benefícios que decidi começar a realizar meus investimentos em dólar pela Nomad e passar a usar também o cartão de crédito brasileiro.

Vantagens da conta Global Nomad:

✔️ Abertura de conta: grátis – use o aplicativo.
✔️ Dólar mais barato do que nas casas de câmbio e do que o dólar dos cartões de crédito e de débito brasileiros. O spread fica em 2%, enquanto os grandes bancos brasileiros embutem spread de 4% a 6% na cotação do dólar de seus cartões de crédito.
✔️ IOF reduzido (1,1%) comparado ao IOF dos cartões de crédito tradicionais (3,38% em 2025)
✔️ Conversão justa para outras moedas – mais vantajosa do que levar dólar cash e trocar em casa de câmbio no exterior✔️ Facilidade de adicionar moeda a qualquer momento, fazendo um PIX
✔️ Cartão físico: USS 20 ou gratuito a partir do nível 2
✔️ Bandeira: Visa
✔️ Invista em dólar: Conta funciona como base para investimentos nos Estados Unidos
✔️Cartão de Crédito brasileiro com Cashback em dólar: com o Nômad Explorer você terá um cartão de crédito com zero anuidade, acúmulos de pontos que não expiram, troca dos pontos por cachback em dólar ou milhas para viajar, acesso a salas vip do Visa Infinite em todo o mundo e Fast Pass em aeroportos.
✔️ Programa fidelidade com desbloqueio de vantagens à medida que avança de nível.
✔️ Saques gratuitos nos ATMs da rede MoneyPass

📌 Quer um cartão Nomad para sua viagem? Abra sua conta gratuitamente e receba um bônus clicando nesse link – Baixe o App Nômad.

💡 Dicas extras:

  • Se não passar no débito, tente no crédito. Em algumas maquininhas é necessário selecionar a função crédito ao invés de débito para aprovar a compra. 
  • É necessário declarar sua conta global no Imposto de Renda

Nosso Roteiro de 7 dias pelo México

  • 1º dia – domingo – Cidade do México: Zócalo, centro histórico
  • 2º dia – segunda – Cidade do México: Paseo de la Reforma | Bosque Chapultepec
  • 3º dia – terça – Cidade do México: Palácio Belas Artes| Bosque Chapultepec | bairro de Coyacán
  • 4º dia – quarta – Cidade do México: Teotihuacan | e Basílica de Guadalupe
  • 5º dia – quinta – Cidade do México > Grutas de Tolantongo – 202 km
  • 6º dia – sexta – Grutas de Tolantongo
  • 7° dia –  sábado – Grutas de Tolantongo > Cidade do México

Cidade do México

A icônica Cidade do México é um dos maiores centros urbanos do mundo. Há uma grande infinidade de opções para conhecer, especialmente se você gosta de museus. Recomendamos no mínimo 4 dias, incluindo Teotihuacán, que fica a 1h de lá. Menos que isso, certamente você vai deixar para traz algo importante. Como estávamos com bebê e fizemos uma viagem mais lenta, gostaria inclusive de ter incluído um dia a mais.

Dia 1 – Voo e Centro Histórico da Cidade do México 🏛️

Chegamos bastante cansados pois nosso vôo, que durou cerca de 9h15 minutos, foi durante a madrugada e não conseguimos dormir por estarmos com o Dan. O Pedro havia solicitado com antecedência um berço para ele e havia recebido a confirmação pela Latam de que o pedido seria atendido. No entanto, ao chegar no aeroporto, fomos informados de que o berço não constava na reserva e que para essa opção seria necessário reservar e pagar pelo assento especial (aquele que fica no começo da fileira e tem mais espaço), mas não fomos informados sobre isso, e recebemos a confirmação de que teríamos o pedido acatado, falha da Latam. 

Portanto, para o primeiro dia decidimos fazer algo mais tranquilo e voltar para o hotel mais cedo para descansar.

Primeiramente, minha amiga nos buscou no aeroporto, deixamos as malas no apartamento dela, já que o checkin no nosso hotel começaria apenas após às 15h, e ela nos levou para tomar um brunch bem tradicional mexicano no restaurante El Cardenal San Ángel. O restaurante fica em um casarão desses antigos, bem bonitos. Esse é um restaurante para paladares mais exigentes, e que não necessariamente desejam pagar caro. O café da manhã é conhecido como um dos melhores da cidade. Eles oferecem almoço e brunch, mas segundo minha amiga mexicana, para almoço há lugares com custo/benefício melhores.

Após o café da manhã, partimos para explorar o Zócalo, a praça principal da CDMX, cercada por construções imponentes como o Palácio Nacional, a Catedral Metropolitana e o Templo Mayor, uma das ruínas mais importantes da civilização asteca. Após caminharmos bastante pelo centro histórico, fomos almoçar no restaurante Terraza Gran Hotel. O hotel tem uma arquitetura lindíssima e o restaurante fica no terraço com uma linda vista para o Zócalo. No entanto, havia uma fila relativamente grande para nossa fome, então decidimos ir a outro restaurante ali perto o Azulísimo, ambiente e comida muito boa. Pedi o que se tornaria a minha comida mexicana favorita pollo con mole, que basicamente é frango com um molho de chocolate delicioso.

Como já estávamos cansados, decidimos visitar o Palácio de Belas Artes outro dia.

Dia 2 – Paseo de la Reforma 🌳

Tiramos a manhã para descansar e o Pedro trabalhar. Caminhamos pelas ruas do bairro e fomos em direção à Avenida Paseo dela Reforma, uma ampla avenida, toda arborizada, com vários restaurantes, lojas monumentos e belos arranha céus. que liga o centro histórico ao Bosque de Chapultepec. Visitamos o monumento Ángel de la Independencia, que infelizmente estava com aquelas placas em volta em função de uma reforma, mas normalmente é possível subir em sua torre de 46 metros e ter uma incrível vista do Paseo de La Reforma.

Almoçamos em um restaurante  em frente ao Ángel de la Independencia, chamado Cantina la 20, com comida muito boa e preço bem salgado. Em seguida, fomos caminhando pelo Paseo em direção ao bosque de Chapultepec.

Infelizmente o Bosque estava fechado, apesar de que no google constava que estaria aberto, era por volta das 16h. Ao retornar para o hotel, fizemos uma parada na Taquería El Kalifa, bem tradicional na cidade. Não deixe de provar os famosos tacos al pastor.

Dia 3 – Palácio de Bellas Artes, Bosque de Chapultepec e Coyoacán 🎭

Começamos o dia visitando o Palácio de Bellas Artes, uma das construções mais lindas do México. O palácio conta também com um museu e uma agenda de espetáculos, dentre eles o mais tradicional  Ballet Folklórico de México. O museu possui acesso gratuito aos domingos.

Como não conseguimos visitar o Bosque de Chapultepec no dia anterior, fizemos uma visita mais rápida para conseguir cumprir o roteiro. Mas vale ressaltar que apenas o Bosque já vale uma visita de um dia inteiro, com bastante tranquilidade, pois ele é o maior parque da américa latina e um dos maiores do mundo. Para se ter uma ideia, o parque possui uma área de mais de 600 hectáres, enquanto o parque Sara Kubitschek, em Brasília, conta com 420 hectares e o Ibirapuera, em São Paulo, com 158 hectares. Dentre as suas principais atrações você encontrará:

Bosque de Chapultepec
  • jardins
  • Museu del Caracol
  • Monumentos, esculturas e fontes
  • Museu de Arte Moderna
  • Museu de História Natural
  • Museu Nacional de História
  • Museu nacional de Antropologia
  • Museu Tamayo
  • Jardim Botânico
  • Lagos Mayor e Menor

Dentre os museus, o mais imperdível é Museu Nacional de Antropologia, que complementa o passeio a Teotihuacán. Ele conta com uma sala dedicada aos achados da cidade pré asteca. Outra atração famosa do museu é  Pedra do Sol, mais popularmente conhecida como Calendário Asteca, com mais de 25 toneladas. Foi encontrada durante escavações no Zócalo.

A melhor entrada para chegar às atrações principais do Bosque de Chapultepec, localizadas na Primeira Sessão, é a da Avenida Paseo de La Reforma.

Como a Lucy não estava disponível nesse dia para nos mostrar a cidade, recorri a um antigo artifício de turistar com guias locais, por um custo baixo, que são os freewalking tours. Portanto, durante à tarde, fizemos um Freetour por Coyoacán, um bairro colonial, boêmio e cheio de história, considerado um povoado dentro da Cidade do México.   

Os Freetours são um conceito de excursão baseado em gorjetas. No site da Freetour você insere o destino da sua viagem e terá acesso a diversos passeios guiados, faz a reserva de forma gratuita e comparece no dia e local indicados. Geralmente os guias estão com um guarda-chuvas de determinada cor indicada na sua reserva. Sempre há opção de tours em inglês e no idioma local. Eu já fiz diversos freetours em diferentes locais do mundo, principalmente quando viajava sozinha, pois é uma maneira de conhecer outros viajantes, fazer amizade e, quem sabe, até conseguir companhia para outros passeios. 

Foi uma ótima maneira de conhecer Coyoacán com contexto histórico e curiosidades enriquecedoras. Acesse o link abaixo para ter acesso aos freetours nos principais pontos turísticos do mundo.

🔎 Curiosidade: Você sabia que a Frida Kahlo é mais famosa para os estrangeiros do que para os mexicanos? No México, sua fama cresceu mais tardiamente, e muitos ainda a veem como “a esposa de Diego Rivera”, que foi muito mais celebrado no país. Além disso, sua obra não fazia parte do ensino tradicional de arte mexicana, o que explica por que muitos mexicanos não entendem sua fama internacional.

Coyoacán é o tipo de bairro com a vibe que a gente ama. Vale muito a pena passar um fim de tarde na Plaza Jardín Hidalgo, com vários restaurantes gostosinhos. Foi lá, no restaurante Corazón de Maguey, que provamos os famosos chapulines.

Dia 4 – Teotihuacan e Basílica de Guadalupe 🏺⛪

A 50 km da Cidade do México, Teotihuacan é um dos sítios arqueológicos mais fascinantes do mundo. Confira todos os detalhes nesse post: 

🔎 Curiosidade: Brasília tem inspiração em Teotihuacan! Lúcio Costa, o urbanista que planejou nossa capital, se inspirou na disposição das pirâmides para projetar a Esplanada dos Ministérios.

Depois do nosso almoço em uma caverna, detalhes no link acima, seguimos para a Basílica de Guadalupe, o maior santuário mariano das Américas.

Segundo relatos da igreja católica, em 1531, na colina de Tepeyac, no México, a Virgem Maria apareceu a um nativo mexicano chamado Juan Diego, pedindo a construção de um santuário em sua homenagem. O bispo local duvidou da visão, então a Virgem fez rosas florescerem no inverno como sinal. Juan Diego levou as flores em seu manto, e, ao abri-lo, surgiu a imagem milagrosa de Nossa Senhora de Guadalupe, que permanece exposta na Basílica até hoje.

A basílica tem uma arquitetura lindíssima e uma atração imperdível para quem visita a Cidade do México, mesmo para quem não é religioso.

Dias 5, 6 e 7 – Grutas de Tolantongo 🏞️♨️

Pegamos estrada para um lugar que parece surreal: as Grutas de Tolantongo, um conjunto de piscinas naturais de águas termais azul-turquesa encravadas em meio às montanhas. Passamos três dias relaxando por lá e aproveitando o visual. Confira todos os detalhes nesse post em breve. 


Cultura e Curiosidades e dicas extras 👶

O México é um país vibrante, repleto de tradições milenares, sabores marcantes e uma identidade cultural forte e autêntica. Desde suas festas populares até sua gastronomia renomada, há muito a se explorar. Neste capítulo, vamos mergulhar em algumas das principais curiosidades que fazem do México um destino tão especial.

Idioma e Expressões Típicas

O espanhol é a língua oficial do México, mas com um toque próprio. O país tem expressões idiomáticas únicas que diferem do espanhol falado na Espanha e em outros países da América Latina. Algumas expressões mexicanas incluem:

  • “¿Mande?” – Ao invés de “¿Qué?” para pedir que repitam algo, os mexicanos usam “¿Mande?”, uma forma mais polida de demonstrar atenção e respeito.
  • “No manches!” – Expressão muito usada para demonstrar surpresa, equivalente a “Sério?” ou “Não acredito!”.
  • “Chido” e “Padre” – Significam “legal” ou “bacana”.
  • “Hace frijole” – Para dizer que faz frio.
  • Diminutivos – No espanhol mexicano, é comum adicionar “-ito” ou “-ita” para tornar as palavras mais carinhosas. Por exemplo, “cafecito” (cafezinho) ou “momentito” (momentinho).

Muitas dessas expressões aprendi com os podcasts abaixo:

Mezcal x Tequila

Muita gente pensa que a tequila é a bebida mais icônica do México, mas, na verdade, o mezcal tem uma importância cultural ainda maior. Ambas são feitas a partir do agave, mas com diferenças marcantes:

  • O mezcal é produzido de forma mais artesanal e pode ser feito de diferentes tipos de agave, enquanto a tequila deve ser feita exclusivamente do agave azul.
  • O sabor do mezcal é mais defumado, devido ao seu método de produção em fornos subterrâneos.
  • O ditado popular mexicano é: “Para todo mal, mezcal. Para todo bem, también.”

Eu particularmente prefiro o mezcal, acho mais suave.

Día de los Muertos

O Día de los Muertos, celebrado nos dias 1 e 2 de novembro, é uma das festas mais icônicas do México. Diferente de outras culturas que encaram a morte com pesar, os mexicanos a celebram com alegria, homenageando seus entes queridos falecidos. Algumas tradições incluem:

  • Altares (Ofrendas) – Famílias montam altares decorados com fotos, velas, flores de cempasúchil (uma flor amarela vibrante) e os pratos favoritos dos falecidos.
  • Caveiras de açúcar – Doces coloridos em forma de caveira, simbolizando a doçura da vida e a inevitabilidade da morte.
  • Desfiles e festas – Em cidades como a Cidade do México e Oaxaca, acontecem grandes desfiles com pessoas fantasiadas de esqueletos e danças típicas.

Comidas Típicas que Você Precisa Provar

A culinária mexicana é um patrimônio cultural imaterial da humanidade, reconhecida pela UNESCO. Aqui estão algumas comidas imperdíveis:

  • Tacos al Pastor – Inspirados nos kebabs do Oriente Médio, esses tacos são recheados com carne de porco marinada e assada em um espeto vertical.
  • Tamales – Massa de milho recheada (com carne, queijo ou outros ingredientes) envolta em folhas de bananeira ou milho e cozida no vapor. O gosto é bem parecido com nossa pamonha.
  • Mole Poblano – Um molho único feito de chocolate e pimentas, servido sobre frango.
  • Chiles en Nogada – Um prato típico das festas patrias, com pimentão recheado de carne, coberto por molho de nozes e romã, representando as cores da bandeira mexicana.
  • Elote – Milho cozido ou grelhado, servido com maionese, queijo, pimenta e limão.
  • Pan de Muerto – Pão doce tradicional do Día de los Muertos, polvilhado com açúcar.

Sugestão de Roteiro para 8, 9 e 10 pelo México

Aqui estão sugestões para expandir sua viagem para 8, 9 e 10 dias, partindo da Cidade do México e incluindo novas experiências:

📌 Roteiro de 8 dias
Além dos dias anteriores, inclua:

CDMX Traineras de Xochimilco – Se tivesse um dia a mais certamente faria o tradicional passeio de traineira nos canais de Xochimilco, considerada pela UNESCO Patrimônio Cultural da Humanidade. Se não tiver com criança pequena, vale a pena ver as arenas de Lucha Libre que fazem parte da história e cultura do México.

📌 Roteiro de 9 dias
Além dos dias anteriores, inclua:

Tolantongo – Acrescentaria um dia a mais à volta de Tolantongo, passando pelos prismas basálticos de Santa María Regla que são uma formação rochosa sobre a qual cai um pequeno salto que se localiza no município de Huasca de Ocampo. No caminho faria uma parada no Arqueduto do Padre Tembleque, uma enorme ponte de arcos que certamente renderá ótimas fotos.

📌 Roteiro de 10 dias
Inclua também:

🌋 Nevado de Toluca: Se estiver na temporada certa (outono/inverno), explore essa montanha imponente a 2h da CDMX, onde é possível ver crateras com lagos azul-turquesa. Mas não é lugar para levar bebê/criança pois a trilha é bem pesada e há diferença de altitude, o que pode causar mal de altitude.

Um destino alternativo e menos frio seria Tepoztlán, um “Pueblo Mágico” cheio de misticismo, trilhas e culinária típica.

Vale a pena conhecer o México além de Cancún?

Definitivamente! O México é um país gigante, cheio de contrastes e experiências inesquecíveis. Nossa viagem nos mostrou o quão diversa essa terra pode ser, e já estamos ansiosos para voltar.

Gostou do roteiro? Conta pra gente nos comentários se já visitou algum desses lugares ou se tem planos de ir!