
🌅 Entenda o Jalapão – Verdades que ninguém te conta! Dicas de quem já foi três vezes (atualizado 2025)
O Jalapão tem meu coração. Já é minha terceira vez por aqui e posso dizer com toda certeza que é um dos lugares mais incríveis e únicos que já estive na vida.
Com seus fervedouros de águas cristalinas, dunas douradas, cachoeiras impressionantes e paisagens que parecem intocadas, a região é um convite ao descanso e à aventura. Explorar o Jalapão é como entrar em um mundo de cenários únicos.
Reuni nesse post o melhor do que já vivemos por lá: uma visão de quem já foi com excursão, já explorou por conta com 4×4, e mais recentemente, descobriu que sim, é possível explorar o Jalapão com carro comum 4×2. Ou seja, dá pra montar um roteiro que cabe em diferentes perfis de viajantes.
Deixo algumas sugestões de Roteiro Jalapão: de 4 a 7 dias dias. partindo de Palmas ou Brasília.
Veja as imagens incríveis que fizemos por lá!
Entendendo o Jalapão
O Jalapão é um Parque Estadual localizado no estado do Tocantins e são três as cidades base para explorá-lo por completo: Mateiros, a principal delas, São Félix e Ponte Alta do Tocantins.

O aeroporto mais próximo é o de Palmas (TO) e fica a cerca 250 km do primeiro atrativo do Jalapão. Os passeios por agência partem de lá. Se você for por conta própria, a partir de Palmas com carro 4×4 alugado, é importante planejar sua viagem com antecedência, pois a procura é grande e você pode correr o risco de não encontrar para alugar.
Os atrativos estão espalhados e as distâncias e tempo entre eles é relativamente grande, devido as condições da estrada. Portanto, o roteiro ideal é incluir os atrativos durante o próprio trajeto.
O roteiros tradicionais feitos por agências partem de Palmas, passando por São Félix, Mateiros, Ponte Alta e retornando para Palmas. Essa foi a rota que fiz na minha primeira viagem ao Jalapão. Quando você vai por conta própria saindo de Palmas ou saindo de Brasília, pode optar por fazer a rota contrária, que foi a rota que eu e o Pedro fizemos na segunda vez que estive no Jalapão.
Os atrativos por trecho entre as cidades base
A melhor forma de organizar a sua viagem para o Jalapão é entender onde estão localizados os principais atrativos e aproveitar o deslocamento entre os trechos para fazer as paradas.
Trecho PALMAS > SÃO FÉLIX
- Cachoeiras de Taquaruçu
- Morro da Catedral
- Cachoeira das Araras
- Fervedouro Bela Vista (ótima opção para pernoite)
Esse trecho, se você fizer sem paradas, dura em torno de 4h. Quando termina o asfalto e começa a estrada de chão, se torna bastante cansativo por conta das costelas de vaca e pode desgastar bastante o carro, se não for um 4×4.
Trecho SÃO FELIX > MATEIROS
- Fervedouro do Alecrim
- Fervedouro Macaúbas
- Cachoeira do Formiga
- Povoado Mumbuca (berço do capim-dourado)
- Fervedouro do Ceiça
- Fervedouro Rio do Sono
- Fervedouro Buritis
- Fervedouro Buritizinho
- Fervedouro Paraíso
- Fervedouro do Encontro das Águas
Nesse trecho aparecem os “areiões” a maioria você consegue ir com 4×2, sem necessidade de tracionar.
Trecho MATEIROS > PONTE ALTA DO TOCANTINS
- Serra do Espírito Santo (trilha com visual incrível)
- Dunas do Jalapão (melhor ir no pôr do sol)
- Rio Novo / Prainha do Rio Novo
- Cânion Sussuapara
- Pedra Furada
Esse é o trecho mais complicado, de areião solto, principalmente próximo à serra do Espírito Santo, no caminho para as Dunas do Jalapão e no trecho próximo à Ponte Alta do Tocantins, principalmente no caminho para a Pedra Furada, ao qual não recomendamos ir sem 4×4.
Trecho RIO DA CONCEIÇÃO> MATEIROS
- Fervedouro do Galhão
- Pedra da Baliza
Os Atrativos
Os Fervedouros



Os fervedouros para mim são a cereja do bolo do Jalapão. São um fenômeno natural que você não encontrará em nenhum outro lugar do planeta, o que faz do Jalapão tão especial.

Os fervedouros são nascentes de águas cristalinas, onde a água brota com força do lençol freático por entre a areia fina, com uma característica curiosa: é impossível afundar nelas! 🫧.
Essa pressão constante que faz você flutuar facilmente, sem esforço e, mesmo quando você tenta mergulhar, é empurrado de volta para cima.
Alguns são mais rasos, com cerca de 1,5 metro de profundidade, enquanto outros podem atingir 75 metros ou mais. Existem mais de 100 fervedouros catalogados na região do Jalapão e arredores, mas são poucos que estão abertos à visitação.
São piscinas naturais em que a água que jorra pela areia te joga para a superfície se tornando impossível afundar.
Sem contar a sensação de sentir a areia que estava sedimentada se desfazer sob os seus pés e você literalmente “perder o chão”. A sensação é tão gostosa que não se pode descrever com palavras, somente quem já experimentou para entender.
O acesso é limitado a grupos pequenos por vez (geralmente 6 a 10 pessoas), por tempo determinado (em média 20 minutos), para preservar o local.
Como escolher os Fervedouros?
Cada fervedouro tem suas características, mas todos são muito parecidos. Os que consideramos imperdíveis são:
- O Fervedouro do Ceiça para mim é o mais bonito e também tem bastante pressão. No entanto, é um dos mais disputados. Nas últimas vezes no Jalapão, como fomos fora de época e na hora do almoço, conseguimos pegar ele vazio.
- O Fervedouro Bela Vista é o maior da região e com a melhor estrutura. Nele é possível se hospedar ou acampar. Tem um ótimo restaurante. A gente recomenda bastante a experiência de ir no fervedouro à noite. Além de tudo, há uma piscina aquecida.
- O Fervedouro do Galhão, por ser menos conhecido e estar fora da rota São Félix> Mateiros, conseguimos pegar ele vazio. Além disso ele tem um rio lindo correndo ao lado. O fervedouro tem uma estrutura bem recente para camping, sendo assim, pode-se desfrutar dele à noite.
- O Fervedouro Encontro das Águas é o que tem maior pressão.
Dunas do Jalapão

As dunas alaranjadas são o cartão-postal clássico do Jalapão. Formadas pela erosão da Serra do Espírito Santo, criam um contraste surreal com o cerrado ao redor. O pôr do sol aqui é simplesmente inesquecível!
O acesso por estrada de terra/areia a partir de Mateiros (cerca de 35 km, trajeto). O guia é obrigatório. Quando fomos conta própria, não havia pesquisado antes, ficamos sabendo quando chegamos lá. Sorte que os guias ficam na entrada, e contratamos um lá mesmo.
Vá com tempo para ver o por do sol! Se for com bebê é essencial levá-lo no canguru ou sling.
Cânion Sussuapara

Uma das minhas atrações favoritas no Jalapão. O cânion estreito, com cerca de 15 metros de profundidade, tem paredes de pedra cobertas por musgos e uma queda d’água refrescante no final. Rende belas fotos.
Localiza-se a cerca de 15 km de Ponte Alta, com acesso tranquilo e bem sinalizado. A trilha até o cânion é curta e fácil, mas escorregadia. Se você tiver aquelas sapatilhas de cachoeira vale a pena levar para não molhar o tênis.
Melhor horário: manhã ou fim de tarde, quando a luz entra de forma mais bonita no cânion.
Cachoeira do Formiga

A Cachoeira do Formiga é pequena, mas tem um poço relativamente profundo de águas incrivelmente cristalinas.
A temperatura é super agradável para banho e o local tem boa estrutura, com restaurante e banheiros.
Infelizmente, não há limite de pessoas e de tempo de permanência como nos fervedouros, portanto o local fica extremamente cheio. Não gostamos muito da nossa última experiência lá.
Uma boa alternativa é acampar no local e assim ter a possibilidade de entrar na cachoeira também durante à noite e nos horários menos cheios. A Cachoeira do Formiga fica a 33 km de Mateiros é é fácil chegar pelas placas indicativas.
Cachoeira das Araras
Outro cantinho encantador do Jalapão, perfeito para banho e descanso. Uma parada estratéca para quem está fazendo o caminho Palmas> São Félix, ou vice-versa. A cachoeira tem um poço grande e limpo, rodeado de vegetação nativa. Estrutura simples no local, com possibilidade de almoço típico.
Ideal para quem quer fugir um pouco dos atrativos mais cheios.
Trilha da Serra do Espírito Santo

Esse é o único atrativo do Jalapão que existe um pouco de esforço na caminhada.
A trilha é considerada de nível moderado a difícil, com um percurso de 7 km, ida e volta, com um desnível de cerca de 250 metros. Os trechos são bem íngremes, mas proporcionam uma das vistas mais espetaculares da região — especialmente ao amanhecer, quando o sol pinta as paisagens do cerrado e ilumina as dunas ao longe.
O início da trilha está na lateral da Serra do Espírito Santo, na mesma estrada de acesso às dunas.
A trilha é autoguiada, mas se você não tem experiência com trilhas, contrate um guia
Geralmente as pessoas sobrem pela madrugada, por volta das 4 horas da manhã para ver o nascer do sol.
Vá com calçado adequado, se possível com botinha de trilha para evitar torções. Leve lanterna de cabeça e vá agasalhado, pois de madrugada venta bastante e faz frio. Leve lanche e bastante água.
Morro da Catedral

O Morro da Catedral é uma formação rochosa que impressiona pelo seu formato, que lembra justamente uma catedral.
Localizado na estrada entre Ponte Alta e São Félix do Tocantins, é uma parada perfeita para contemplação e fotos, especialmente ao pôr do sol, quando as luzes douradas deixam a paisagem ainda mais bonita.
O acesso é relativamente simples, com uma curta caminhada até um mirante próximo. Não há estrutura turística no local, então vale levar água e lanterna se for ficar até o entardecer.
Cachoeira da Velha

A Cachoeira da Velha, a maior queda d’água do Jalapão, com um volume bem forte de água. Ela é apenas para contemplação e é necessário guia.
Próximo dali, é possível realizar atividades como o rafting no Rio Novo. As corredeiras são de nível intermediário e há várias agências especializadas que organizam o passeio com toda a segurança necessária.
O acesso à Cachoeira da Velha, saindo de Mateiros, passa por trechos de areia profunda e estradas de difícil acesso, por isso, o ideal é ir de 4×4, mas já ouvi relatos de quem conseguiu, com cautela, acessar de carro mais alto, principalmente na seca.
Quando visitei essa parte do Jalapão em minha primeira viagem, tínhamos colocado o rafting no pacote da excursão, no entanto, estavam realizando gravação da novela O Outro Lado do Paraíso bem no local da saída para o passeio.
Pedra Furada



O cenário escolhido pelo Pedro para me pedir em casamento. Foi onde ficamos noivos e, por isso esse local é tão especial para nós. ❤️
A Pedra Furada é uma formação rochosa enorme com dois arcos naturais esculpidos pelo vento e pela chuva ao longo de milhares de anos. É o local clássico para ver o pôr do sol.
Fica a cerca de 30 km de Ponte Alta, com estrada bem arenosa. Há um espaço recente criado para camping. Leve lanterna se for esperar o pôr do sol.
Pedra da Baliza

A Pedra da Baliza é um atrativo mais conhecido para quem vai seguir viagem do Jalapão para os Cânions do Viana, como na nossa última viagem. Ela é só um check point para uma fotinha mesmo.
Essa formação rochosa lembra um grande marco natural delimitando o caminho — daí o nome “Baliza”. Também conhecida por Pedra TOBA😄, pois marca a divisa entre Tocantins e Bahia.
Capim Dourado – O Tesouro do Jalapão

Além das paisagens, o Jalapão é conhecido por sua ligação com o capim dourado, uma planta típica da região, famosa por seu brilho semelhante ao ouro.
Artesãos locais transformam o capim em joias e objetos de decoração lindamente trabalhados. Com certeza você já deve ter visto alguma peça feita de capim dourado em alguma ferinha ou tenda de artesanato em algum canto do Brasil, pois são bastante famosos.
Me surpreendeu e me encheu de orgulho encontrar uma tenda de peças de capim dourado em um pueblo da Espanha chamado Segóvia. Me encheu de orgulho.
Essas peças não são apenas souvenires: elas carregam a história e a tradição das comunidades quilombolas que mantêm viva essa arte.
📍 Jalapão de excursão ou por conta própria, 4×4 ou carro comum?
A resposta é: depende!
Depende da sua vibe, do seu estilo de viajante, do momento da sua vida, da sua disposição para planejar e, claro, do orçamento disponível. Também vai variar se você está viajando sozinho, em casal, com amigos ou com a família.
Muitos dos posts que encontrei — principalmente de quem foi com agência — reforçam a ideia de que é muito difícil explorar o Jalapão por conta própria. Falam que é arriscado, que a região é extremamente remota, que não há sinal de celular, entre outros pontos. De fato, esses fatores existem, mas muitas vezes são apresentados de forma exagerada, especialmente por quem está vendendo pacotes.
Conversando com os locais, percebemos que há sim uma certa intenção de preservar essa narrativa, até como forma de reserva de mercado para as agências. Não à toa, o trajeto padrão feito por elas passa justamente pelos trechos mais complicados de acesso — o que reforça a imagem de que só dá pra conhecer o Jalapão com 4×4 e guia.
Não somos contra agências — pelo contrário! Elas têm um papel importante e oferecem praticidade, conforto e segurança, principalmente para quem não quer se preocupar com logística. Mas acreditamos que todo viajante deve ter acesso à informação correta para, a partir disso, fazer sua própria escolha com consciência.
Aqui, nosso lema é: perrengues fazem parte da jornada. Enfrentar situações fora do roteiro ajuda a desenvolver autonomia, ajuda nos planejamentos futuros e depois acabam virando história pra contar. Mas esse é o nosso estilo. O importante mesmo é que você escolha a forma de viajar que te deixe seguro e confortável. ✨🚗🌄

Para te ajudar a decidir qual é a melhor forma pra você, aqui vão os prós e contras de cada opção:
🚐 Excursão organizada: pra quem quer praticidade
Na minha primeira vez no Jalapão organizei a viagem com um grupo de amigos. Na época, o Jalapão era mais conhecido entre os aventureiros e mochileiros e não se tinha muita informação a respeito e nem muita estrutura. Foi antes da novela que deu publicidade para esse canto do Brasil.
A experiência foi ótima para aquele momento da minha vida e marcou bastante. Pegamos um voo de Brasília para Palmas e fizemos o roteiro tradicional que toda agência faz até os dias atuais. A agência que organizou o nosso roteiro foi a NorteTur, muito prestativos e na media do possível conseguiram otimizar bastante o nosso tempo e pegar os atrativos mais vazios.
✅ Vantagens:
- Você não precisa se preocupar com estrada, GPS, nem reservas — é só relaxar e curtir.
- Ideal pra quem tem pouco tempo e disponibilidade para planejar.
- Já está com o guia, que é obrigatório para visitar as Dunas do Jalapão e Cachoeira da Velha.
❌ Desvantagens:
- Menos liberdade para montar seu ritmo e horários.
- Pode ficar mais caro dependendo da agência.
- Roteiro costuma ser mais corrido e focado nos pontos “mais famosos”.
- Você seguirá o mesmo fluxo de horários de todas as agências e, portanto irá compartilhar os locais com vários grupos.
Indicado para: primeira viagem, quem está sozinho ou quer praticidade total.
🚙 Por conta própria com carro 4×4: pra quem quer liberdade total
Nas duas vezes que eu e o Pedro fomos juntos ao Jalapão essa foi a nossa escolha. Para mim o principal ponto positivo com relação a minha primeira vez de excursão foi com relação a comodidade de viajar no nosso ritmo e a flexibilidade, de ir nos fervedouros no contrafluxo e poder pegá-los totalmente vazio só pra gente.
✅ Vantagens:
- Você faz seu tempo, escolhe o que visitar e onde dormir.
- Pode incluir atrações menos conhecidas no roteiro.
- Ideal pra quem curte uma boa road trip e tem espírito aventureiro.
❌ Desvantagens:
- Exige planejamento, bom senso de navegação e atenção às condições da estrada.
- Alguns trechos são bem remotos e com pouca sinalização.
Indicado para: amantes do off road, casais, amigos ou famílias que gostam de viajar com autonomia.
🚗 Por conta com carro comum: é possível? SIM, em partes!
É bastante recomendável fazer o Jalapão de 4×4, para você poder explorar todos os atrativos sem se preocupar. E ainda assim, em pontos críticos há carros 4×4 que ainda atolam.
No entanto, apesar de ser conhecido como um destino dos sonhos para quem curte off-road, e das agências venderem a ideia de que é impossível explorar o Jalapão por conta própria — e ainda mais sem um 4×4 —, a verdade é que é sim possível conhecer boa parte da região com um carro 4×2, desde que seja carro alto.
É claro que isso vai impor algumas limitações: você provavelmente vai deixar de visitar alguns atrativos com acesso mais complicado. Mas, com planejamento e cautela, não é um impeditivo para viver uma boa experiência no Jalapão por conta própria.
Durante nossa última viagem, conhecemos pessoas que estavam de 4×2 e pudemos trocar uma ideia. Algumas dicas para evitar perrengue se você for de 4×2 é:
🚗 Escolha um carro mais alto
Modelos como Duster, Renegade, EcoSport ou similares (com boa distância do solo) são ideais para os trechos mais tranquilos.
🎒 Espírito aventureiro e planejamento caminham juntos
Já que não poderá ligar o 4×4, ligue seu espírito aventureiro e vá preparado para passar perrengue 😄.
🗺️ Planeje bem sua rota
- Se for fazer a trilha da Serra do Espírito Santo, estacione nas placas indicativas, a partir de lá até o início da trilha são 600 metros.
- Contrate um guia ou passeio que te leve até as Dunas.
- Evite fazer os demais atrativos do trecho Mateiros > Ponte Alta do Tocantins.
🧰 Se possível leve alguma esteira de desatolar carro e cintas de reboque
- Prancha Para Desatolar Pneus Veículos Off Road Preto Par
- Cinta Desatolar Pneu
- Prancha Desatolagem Desatolamento
- Fita Cinta Para Reboque 5 Toneladas Com Gancho
- Cinta Reboque 4×4 10ton X 3 Mts
👫 Se possível, viaje em comboio
Viajar com outro carro oferece mais segurança caso haja algum imprevisto.
✅ Vantagens:
- Permite uma viagem mais econômica, sem precisar alugar 4×4.
- Dá pra montar um roteiro misto, acessando algumas atrações com carro comum e contratando passeios avulsos com guias locais para os trechos mais exigentes.
❌ Desvantagens:
- Maior planejamento
- Menor flexibilidade e maior limitação
- Algumas atrações exigem 4×4 para acessar
- É essencial monitorar as condições da estrada e ter um plano B.
- força bastante o carro
Indicado para: quem quer viajar por conta, mas está com orçamento limitado, ou que não tenha conseguido alugar um 4×4 em tempo.
🔑 Resumo: não existe um jeito certo ou errado de explorar o Jalapão — existe o que faz mais sentido pra você nesse momento.
A nossa dica de ouro é: conheça bem seu estilo e suas limitações. Seja qual for sua escolha, o Jalapão vai te surpreender.
📅 Quando ir? Época seca x época de chuva
Jalapão pode ser visitado em qualquer época do ano. De maio a setembro é a época de seca e, o período chuvoso de dezembro a março.
Há dois pontos aqui — para os trechos de terra, a época de chuvas é pior, pois podem formar crateras de lama. No entanto, para os trechos de areião é melhor, pois a areia, antes fofa, fica sedimentada e durinha, mais difícil de atolar. Portanto, esses fatores devem ser considerados na hora de planejar a viagem e os atrativos a ser visitados, caso você vá sem 4×4.
Na época de chuvas ou logo no início da estiagem a viagem se torna mais confortável, pois tem menos “costelinhas de vaca” na estrada.
Se você for acampar, especialmente se estiver com bebês, procure ir no inverno em que a temperatura é mais amena.
🏨 Onde se hospedar no Jalapão?
A estrutura tem melhorado bastante. É possível encontrar desde pousadas confortáveis com pensão completa até opções de camping bem organizadas.
Se quiser mais rusticidade e contato direto com a natureza, acampar no Jalapão pode ser uma experiência única, mas atente-se às altas temperaturas durante o dia e noites mais frescas.
Palmas: ponto de partida (ou chegada) para o Jalapão
Palmas não está exatamente no Jalapão, mas muito provavelmente você irá começar ou terminar a viagem por aqui. É a capital mais jovem do Brasil. Assim como Brasília, foi planejada e tem os endereços bem similares à nossa capital, ou seja, um caos para quem é de fora, que sempre perguntam “e o resto?” “qual a rua?” rsrs.
Infelizmente, não vou poder indicar aquela que considero a melhor hospedagem da cidade, onde sempre ficamos: a casa da minha prima Lu e do seu esposo Evandro. Eles nos recebem com tanto carinho, mesa farta, um bom papo…que é praticamente um patrimônio afetivo… mas, infelizmente, essa hospedagem 5 estrelas é exclusiva para poucos privilegiados da família! 😂
Mas, para quem não tem uma prima Lu na cidade, deixo aqui algumas opções que pesquisei e que têm ótimas recomendações:
Palmas Experience- Apartamento Girassol
Palmas Experience – Apartamento Requinte
Ponte Alta
Pousada Sol do Jalapão. Essa foi a nossa hospedagem em Ponte Alta, simples e organizada, com ótimo café da manhã. Tudo novinho e confortável. O dono, super simpático, nos deu ótimas dicas dos atrativos ao redor e suporte para planejar os passeios. Reserve com antecedência, ela é bastante procurada, principalmente na alta temporada.
São Félix
A pousada e fervedouro Bela Vista tem a melhor estrutura e com fervedouro com acesso 24 horas a sua disposição. Quando fomos, ficamos acampados e foi uma ótima opção. Mas pra quem prefere conforto, eles possuem vários chalézinhos bem bonitos e confortáveis.
Mateiros
Na nossa segunda vez no Jalapão ficamos no Camping e Restaurante Extremo. Excelente estrutura. O dono super simpático e prestativo.


📅 Quantos dias ficar no Jalapão? Roteiros
Em quatro dias você consegue conhecer fazer o roteiro completo do Jalapão, mas para uma viagem mais tranquila e proveitosa o ideal é reservar de 5 dias a 7 dias para explorar com calma, principalmente se estiver com bebês e crianças pequenas.
🗺️ Roteiro sugerido no Jalapão (4 a 7 dias) Sentido Palmas > São Félix > Ponte Alta
✅ Dia 1 – Deslocamento Palmas > São Félix (para pernoite)
- Serra da Catedral
- Cachoeira das Araras
- Pernoite no camping 🏕️ ou hospedagem na Pousada e Fervedouro Bela Vista🛌
📍Obs. Seguir justamente essa ordem. Jantar no restaurante da pousada. Aproveitar o fervedouro à noite.
✅ Dia 2 – Deslocamento São Félix > Mateiros (para pernoite)
- Fervedouro Bela Vista
- Cachoeira do Formiga
- Fervedouro do Encontro das Águas
- Fervedouro do Ceiça
- Por do sol nas Dunas do Jalapão
- 🏕️Pernoite no Camping e Restaurante Extremo
📍 Obs 1. Café da manhã no restaurante da pousada. Aproveitar o fervedouro Bela Vista pela manhã. Almoço na Cachoeira do Formiga. Noite nos barzinhos/restaurantes de Mateiros.
📍Obs. 2 Se você é como a gente que odeia cachoeira lotada e muvuca, ou saia bem cedo para a Cachoeira do Formiga ou pule esse atrativo. Outra opção, se você tiver mais tempo, é acampar na cachu.
✅ Dia 3 – Deslocamento Mateiros > Ponte Alta do Tocantins (para pernoite)
- Subida na Serra do Espírito Santo para ver o nascer do sol
- Alternativa à Serra – Ir no Fervedouro do Galhão ou algum outro próximo a Mateiros antes de partir para Ponte Alta do Tocantins.
- Prainha do Rio Novo
- Almoço no Restaurante Flor do Jalapão, da Comunidade quilombola do Rio Novo – aproveite o redario para descansar.
- Cachoeira da Velha – (precisa de guia) Eu só acho que a Cachoeira da valha a pena se você for fazer o rafting. Pois ela precisa de guia e para o acesso, é necessário fazer um desvio no roteiro e isso pode tirar seu tempo de outros atrativos mais interessantes. Sem contar que ela é apenas para contemplação. Mas deixo aqui a sugestão para você saber em qual percurso incluí-la, caso queira.
- Cânion Sussuapara – se não tiver tempo para o Cânion, pode deixá-lo para o dia seguinte
- Pôr do sol na Pedra Furada
- 🛌Pernoite na Pousada Sol do Jalapão ou camping na Pedra Furada.
✅ Dia 4 – Deslocamento Ponte Alta do Tocantins > Palmas
- Cânion Sussuapara, caso não tenha ido no dia anterior
- Cahoeiras de Taquaruçu ou deslocamento direto para Palmas.
📍Obs. As cachoeiras mais procuradas em Taquaruçu são: Escorrega Macaco e Cachoeira da Roncadeira.
✅ Dia 5, 6 e 7
Caso tenha mais tempo, pode fazer o roteiro acima com mais calma e espaçar mais os atrativos, além de poder incluir mais fervedouros.
Caso tenho menos tempo, pode focar em ficar apenas entre Mateiros e São Félix e priorizar os fervedouros e as dunas.
🗺️ Roteiro sugerido no Jalapão (4 a 7 dias) partindo de Brasília ou Serras Gerais

Se você está indo para o Jalapão desde Brasília ou a partir das Serras Gerais do Tocantins, pode fazer o roteiro inverso ao descrito acima e chegar por Ponte Alta do Tocantins, seguir para Mateiros > São Félix > Palmas ou retorno Para Brasília, que foi o percurso que fizemos na minha segunda vez no Jalapão.
Dessa forma, você pode incluir a Pedra da Baliza no início ou final do roteiro, bem como o Fervedouro do Galhão, que são atrações que estarão no caminho.
Outra opção é, a partir de Brasília, seguir direto para Mateiros e, ficar entre Mateiros e São Félix apenas, que foi o que fizemos na nossa última viagem, em que estávamos apenas de passagem pelo Jalapão e seguiríamos para os Cânions do Viana.
💡 Dicas finais para sua viagem ao Jalapão
💰 Leve dinheiro em espécie — muitos lugares não aceitam cartão
⛽ Abasteça sempre que puder — os postos são escassos
👶 Dá pra ir com bebê? Sim! E nós provamos. Com planejamento, tudo flui bem.
- 📱 Mapas offline e orientação local
Baixe Google Maps ou Maps.me offline e sempre peça informações atualizadas aos moradores. - 🧰 Kit de segurança no porta-malas
- 🚨 Corda de reboque
- 🧯 Kit de primeiros socorros, água e lanche ( para caso de ficar atolado, até 4×4 atolam nos trechos mais críticos)
- 🔦 Lanterna
- 🛞 Compressor de ar e kit de reparo de pneu
- 🧿 Estepe em bom estado
💡 Dica extra: se estiver com bebê, carregue-o em um canguru ergonômico, mesmo em caminhadas pequenas. Ele deixa os braços livres, distribui bem o peso do bebê e traz mais conforto e mobilidade durante todo o trajeto. Se for subir a Serra do Espírito Santo então, nem se fala, o canguru será essencial.
Esse aqui é o meu grande aliado nas viagens com o Dan:
👉 Veja o canguru ergonômico que usamos